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Conterra: facilitando o consumo de orgânicos para empresas


Ellen Yanase e Isabela Baptista, co-fundadoras da Conterra.

A busca por uma alimentação equilibrada e saudável e o crescimento da variedade de produtos orgânicos disponíveis tem feito com que cada vez mais os consumidores procurem estabelecimentos que ofereçam essas opções. Com o objetivo de facilitar a compra de orgânicos por empresas, nasceu a Conterra

A empresa desenvolveu uma solução que conecta os pequenos produtores de alimentos orgânicos com as empresas. Por meio de um site, os estabelecimentos fazem as compras e escolhem a forma de entrega. A Conterra cobra de seus clientes uma taxa de serviço abaixo do praticado nos modelos tradicionais, no valor de apenas 10% em cima do total do pedido. 

Conversamos com a Ellen Yanase, uma das co-fundadoras, que nos contou de onde surgiu a ideia para criar a Conterra e quais são os desejos para o futuro. Confira.


Como surgiu a ideia para criar a Conterra?

Foram alguns fatores. A Isabela Baptista, co-fundadora, tem uma ONG onde trabalha com agricultores no sistema agroflorestal. Ela sempre ouviu que a comercialização é mais problemática do que migrar de sistema, porque afeta qualquer método de produção. Eu queria criar algo que pudesse impactar em grande escala, e via a tecnologia como meio para tal, então levei essa informação dos agricultores para o Founder Institute, programa de pré aceleração; e lá pesquisei que o mercado B2B era pouco explorado pelas plataformas de comércio de alimentos. Assim surgiu a ideia de atender esse mercado, facilitando o acesso aos orgânicos.

Como a Conterra contribui no combate aos efeitos das mudanças climáticas?

Por meio do incentivo ao consumo local e compartilhamento do frete, reduzimos as distâncias percorridas pelos alimentos e a necessidade de tantos veículos nas estradas, diminuindo a emissão de CO2. Além disso, o incentivo e apoio à agricultura orgânica, que inclui diversos sistemas de produção agroecológicos, ajuda a fixar o carbono no solo e também na redução das emissões, uma vez que a agricultura de menor escala é menos dependente do uso de combustíveis fósseis utilizados nos sistemas convencionais com os fertilizantes e pesticidas, além dos maquinários.

Participar da competição global de ideias de negócios verdes está ajudando a sua empresa?

Fazer parte dessa competição nos faz ser reconhecida pelos stakeholders como uma startup com propósito ambiental, além do objetivo puramente financeiro. Essa chancela certamente nos ajuda no posicionamento de mercado que buscamos ter perante investidores, clientes e demais influenciadores do nosso negócio. A participação também nos ajuda a pensar e definir o tamanho do nosso impacto global através da redução da emissão de carbono no planeta.

Qual é o maior sonho para a Conterra?

Conseguir chegar no ponto em que ganhemos escala e promovamos uma significativa redução de CO2 emitido no planeta através da cadeia alimentar. Ou seja, é contribuir para um mundo melhor e provar que é possível criar empresas lucrativas com propósito.

Por que você acredita que a Conterra deve vencer a competição?

Acreditamos que deveríamos ser a vencedora por envolver dois grandes temas de impacto ambiental. Primeiro, através do incentivo à economia do compartilhamento com a solução logística e também pelo incentivo à agricultura sustentável (com potencial regenerativo, no caso da agrofloresta), democratizando uma alimentação verdadeiramente saudável e promovendo impacto também na esfera social através das práticas de comércio justo.